Caracóis de Fruta Cristalizada


E ontem, para além de todos os outros dias, deu uma saudade especial da maninha. Para além de manas, somos amigas, daquelas que falam e falam, contam as aventuras e amarguras como se o peito esvaziasse assim que o telefone leva as nossas palavras para o lado de lá. BFF´s como diz agora a miudada.
A minha mana é maravilhosa! Uma mãe exemplar de três estarolinhas lindos da tia. E também se multiplica em horas e horários sem fim (que isto de viver no continente tem destas coisas, nem tudo está ao virar da esquina). A minha mana é a melhor de todas. É maravilhosa.
A minha mana adorava caracóis. Caracóis de fruta. Daqueles dourados, que quase brilham no escuro. Eu também gostava de caracóis. Assim era quando ambas, meninas ainda, vivíamos juntas nesta nossa ilha. Assim continua a ser hoje, crescidas já, em que não vivemos juntas nesta nossa ilha!
Os caracóis? Estes queriam-se fofos e cheios de fruta (nem sempre acontecia). E não estando nesta época com ela, a solução foi ir para a cozinha e preparar uns caracóis deliciosos, bem recheados e imaginar-nos na casa de infância a ir a pé à padaria comprar uns caracóis, como se muito grandes fôssemos e fingindo que o pai também ia. Que crescidas nos sentíamos!
Os caracóis? Esses! Para mim, para além de deliciosos, são também pedacinhos de história. Quem sabe também são história para quem está a ler isto agora.




Ingredientes (para tabuleiro de 35cm, rende 16 caracóis):
1 c. sopa rasa de fermento seco
4 ch. (de 250 ml) farinha T65 s/fermento (530g)
Três quartos de ch. de leite morno
Um quarto de ch. de açúcar
1 c. sopa vinho do porto
1 ovo
Meia c. chá de sal
Um quarto ch. de manteiga à temperatura ambiente

Recheio
Um terço de ch. de manteiga amolecida
1 a 2 mãos cheias de açúcar mascavado claro
400g de fruta cristalizada variada cortada aos cubos

Cobertura 
1 ch. açúcar
Água q.b.
1 pau canela
1 flor de anis

Na Cuisine Companion
Comece por preparar o fermento juntando numa taça o fermento, 1 c. sopa de açúcar, 1 c. sopa de farinha e adiciona água morna, o suficiente para envolver todos os ingredientes. Deixe descansar e desenvolver, tapando a taça com um prato ou papel aderente, cerca de 30 minutos. Quando pronto ficará com aspeto esponjoso.
Quando tiver o fermento pronto coloque na taça, com o acessório amassar/triturar, metade da farinha, o leite, vinho do porto, manteiga, o ovo e o sal (cuidado para não o colocar em contato com o fermento). Programe Pastry P1, alterando o tempo para 1 min.
Depois adicione a restante farinha e o açúcar. Programe Pastry P1 alterando o tempo para 1,30. Vá fazendo paragens pois a massa torna-se pesada, para o robot não entrar em esforço.
No final do programa retire a massa que irá levedar fora da taça. Coloque-a numa superfície enfarinhada e trabalhe um pouco para se tornar menos pegajosa. 
Pincele uma tigela com óleo e deixe a massa levedar aí tapando a taça com papel aderente, até que dobre de volume (1h a 1h30).
Nessa altura transfira a massa para uma superfície enfarinhada e com o rolo de cozinha dê-lhe a forma de um retângulo com uma espessura de mais ou menos 1 dedo.
Barre o retângulo com a manteiga referida no recheio. Depois espalhe o açúcar mascavado claro por cima e termine distribuindo as frutas cortadas aos cubos por toda a superfície da massa.
Enrole o retângulo como se fosse uma torta com cuidado, pois a massa fica muito fofa. Depois corte em 16 partes iguais. Costumo dividir ao meio. Depois cada porção ao meio e assim por diante até aos 16. Assim é mais fácil ficar com porções semelhantes.
Disponha cada porção num tabuleiro forrado com papel vegetal. Coloque-os alinhados e um pouco afastados uns dos outros, pois ainda vão descansar mais um pouco e crescer no forno. 
Tape depois o tabuleiro com um pano ou toalha e deixe descansar 30 min.
Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 30 min.
Retire do forno. Deixe esfriar um pouco.
Aí prepare uma calda levando o açúcar ao lume com um pouco de água, a canela e flor de anis até ficar uma calda com alguma consistência.
Pincele os rolos ainda quentes. Ganharam uma cor dourada linda.
Depois é só degustar ainda quentinhos ou mornos. 
Poderá conservá-los à temperatura ambiente dois a três dias numa caixa hermética, ou no frigorífico cerca de uma semana.
Poderá ainda congelá-los, envolvendo-os no dia, frescos, em papel de alumínio e bem fechados num saco, a que se retira o máximo de ar possível, ou numa caixa hermética, até dois meses. 


Modo Tradicional

Comece por preparar o fermento juntando numa taça o fermento, 1 c. sopa de açúcar que retira da porção destinada aos rolinhos, 1 c. sopa de farinha e adiciona água morna, o suficiente para envolver todos os ingredientes. Deixe descansar e desenvolver, tapando a taça com um prato, cerca de 30 minutos. Quando pronto ficará com aspeto esponjoso.
Quando tiver o fermento pronto coloque na taça da batedeira, com o acessório gancho ou bata à mão como qualquer pão, metade da farinha, o leite, o vinho do porto, manteiga, o ovo e o sal (cuidado para não o colocar em contato com o fermento). Amasse bem até obter uma massa na batedeira com o gancho ou à mão.
Depois adicione a restante farinha e o açúcar. Amasse até obter uma massa pegajosa, mas consistente.
Retire a massa da taça da batedeira ou de onde amassou. Coloque-a numa superfície enfarinhada e trabalhe um pouco para se tornar menos pegajosa. 
Pincele uma tigela com óleo e deixe a massa levedar aí tapando a taça com papel aderente, até que dobre de volume (1h a 1h30).
Nessa altura transfira a massa para uma superfície enfarinhada e com o rolo de cozinha dê-lhe a forma de um retângulo com uma espessura de mais ou menos 1 dedo.
Barre o retângulo com a manteiga referida no recheio. Depois espalhe o açúcar mascavado claro por cima e termine distribuindo as frutas cortadas aos cubos por toda a superfície da massa.
Enrole o retângulo como se fosse uma torta com cuidado, pois a massa fica muito fofa. Depois corte em 16 partes iguais. Costumo dividir ao meio. Depois cada porção ao meio e assim por diante até aos 16. Assim é mais fácil ficar com porções semelhantes.
Disponha cada porção num tabuleiro forrado com papel vegetal. Coloque-os alinhados e um pouco afastados uns dos outros, pois ainda vão descansar mais um pouco e crescer no forno. 
Tape depois o tabuleiro com um pano ou toalha e deixe descansar 30 min.
Leve ao forno pré-aquecido a 180º por 30 min.
Retire do forno. Deixe esfriar um pouco.
Aí prepare uma calda levando o açúcar ao lume com um pouco de água, a canela e flor de anis até ficar uma calda com alguma consistência.
Pincele os rolos ainda quentes. Ganharam uma cor dourada linda.
Depois é só degustar ainda quentinhos ou mornos. 
Poderá conservá-los à temperatura ambiente dois a três dias numa caixa hermética, ou no frigorífico cerca de uma semana.
Poderá ainda congelá-los, envolvendo-os no dia, frescos, em papel de alumínio e bem fechados num saco, a que se retira o máximo de ar possível, ou numa caixa hermética, até dois meses. 











Comentários

Enviar um comentário

Obrigada por visitar o blogue e pelo seu contributo. Volte sempre!

As mais vistas